Diário de bordo: Viagem para Belino

Gostaria de começar esse texto me apresentando para que você leitor(a) consiga de alguma forma conhecer melhor este que te escreve.

Sou o Gustavo Molina, 24 anos, potiguar, brasileiro e do mundo. Sou um apaixonado pela vida de startup e aficionado pelo sucesso do cliente. Atualmente trabalho como mentor do Inova Metrópole (incubadora de startups do IMD-UFRN) e como gerente de sucesso do cliente em um SaaS de marketing digital para o setor automotivo.

Sou um aprendedor convicto, sempre em busca de novas formas de como eu posso aprender e como eu posso errar aprendendo. Uma dessas formas que sempre acreditei é por meio da explicação dos assuntos que eu acredito dominar, e ao me deparar com o concurso do Miss Explica acreditei que ele era para mim por três motivos.

Primeiro porque eu poderia testar formatos de apresentação em um tempo curto sobre assuntos que gosto.

Segundo porque eu acredito que quem se expõe se conecta e eu sempre me proponho a isso.

Terceiro porque o concurso era uma grande prova da quebra de paradigmas que acredito: uma educação que passa de um modelo de distribuição de conteúdo/informação de poucos para muitos, para um modelo de compartilhamento muitos para muitos.

Foi assumindo essas premissas que consegui – de alguma forma – me expressar e ganhar a viagem para Bellino, a qual relatarei nos tópicos abaixo.

A grande frase que me impacta durante todo esse processo é: “mova-se rápido, quebre coisas e aprenda” (move fast, break things and learn).

Não à toa Darwin fala da adaptação como grande fator diferencial dos que se sobressaem.

A Comuna di Bellino: O Cenário

Bellino é um conjunto montanhoso que fica no norte da Itália; juntando seus 9 vilarejos, a comuna chega a somar 150 habitantes, lá eles possuem o Locitano como língua mãe e também falam mais outros 3 idiomas: italiano, francês e piamontese. Ela é uma região autônoma, ou seja, quem nasce em Belino não é italiano: é belinese.

Por ser uma região extremamente montanhosa, existem paisagens altamente deslumbrantes, principalmente para um jovem que mora entre dunas potiguares, com incontáveis caminhos d’agua ­– um mais lindo que o outro – por entre as diversas pedras e tipos de rochas diferentes. A vegetação muito característica de ambientes frios conta com paisagens de vasto pasto para que vacas, ovelhas e outros animais as enfeitem.

Lá existem diversos relógios solares, inclusive há um museu contando toda a história!

Pinturas que datam de 1700 nas paredes das casas, bem como escritos dos eremitas que ali transitavam desde o período celta.

Às vezes aparenta ser uma cidade fantasma, um paraíso deixado no meio do nada. Mas ao conhecer sua gente, impossível não se sentir acolhido por sua gentileza e pela paz que as pessoas e o ambiente nos transmite.

Se só isso fosse a viagem já seria uma experiência extremamente gratificante para mim ao contemplar toda aquela criação arquitetônica natural, em total harmonia com os seres que ali habitam.

Bellino e sua trupe

Bellino é um grande empreendedor brasileiro (que eu pouco conhecia) e que hoje é um dos seres humanos que mais admiro.

Durante toda a semana tive a oportunidade de conhecê-lo melhor e de ler o livro “A Escola da Vida”, o melhor é ver que ele é exatamente a pessoa com a qual conversamos durante o livro, ele é 100% faz o que fala e extremamente inspirador, motivador, sincero e colaborativo.

Um grande líder e um grande evento sempre está bem acompanhado de pessoas fodas!

Desde o primeiro momento que passei no concurso, fui muito bem recepcionado pela Mari que me auxiliou em todo o processo, com extrema paciência e paixão pelo que faz.

Mari talvez ainda não saiba, mas intrinsecamente ela traz diversas habilidades e características que um sucesso do cliente precisa ter.

No evento pude conhecer outros nomes que acompanharam Ricardo: o Samuka, que é um semideus do mundo corporativo (uma espécie de Victor Mahon nórdico), Abaddhia (uma flor de pessoa, artista nata e extremamente criativa), Fausto (antes de tudo um profissional ímpar, que é palhacitos, imita o Sílvio Santos e fala 9182398173 idiomas) e a Mari, que a partir de hoje eu chamarei de Gerente de Sucesso do Cliente do Bellino.

Todos que faziam parte do staff de Bellino demonstraram um valor muito claro em comum: a preocupação com a transformação causada na vida do outro, sendo sempre atenciosos e genuinamente humanos. 

Comer, comer é o melhor para poder crescer

Eu pensei em descrever as comidas que lá tive oportunidade de desfrutar, mas entendi que é uma extrema covardia falar desse tópico (tanto com o leitor(a) quanto comigo mesmo que já sinto saudades imensas de tudo que lá provei).

Então vamos para o próximo tópico!

Basta que tenham ciência que engordei dois fucking quilos. hahaha

Make you great again: A Imersão

Não tem como citar claramente o que foi transformador nesse evento imersivo, cada detalhe compõe parte significativa da transformação.

Todos os dias pela manhã, fazíamos caminhadas pelas trilhas entre as montanhas, o que era impressionante é que diversas frases surgiam na minha mente, como prova da prática real do que estávamos vivenciando. Ficou confuso? Eu explico.

Ao subir uma das trilhas mais altas possíveis, eu pensei em desistir, estava muito cansado e o caminho era extremamente irregular e cheio de pedras. Ao mesmo tempo, todo o caminho era muito lindo e as pessoas que estavam ao redor estimulavam umas às outras para continuar subindo a montanha e contemplar o lugar.

Havia música que entusiasmava o fundo da alma e fazia com que continuássemos e quando chegamos lá em cima, pudemos contemplar uma das vistas mais bonitas possíveis para aquele lugar!

Então me veio a seguinte frase, que parece até um clichê, mas que naquele momento ficou claro como a água das correntezas montanhosas de Bellino:

“O caminho é tortuoso e cheio de pedras. Mas ele pode ser lindo e deve ser contemplado. Se nos cercarmos de pessoas que nos impulsionam conseguiremos chegar lá e, quando chegarmos, lembraremos da importância de não ter desistido”.

Outra frase que surgiu quando tudo parecia muito distante foi:

“Quando tudo parecer muito distante, antes de desistir, dê o próximo passo”.

Após essas longas caminhadas, sempre compartilhávamos dores e vitórias durante a nossa vida, para que uns se inspirassem e se conectassem com os outros.

O mais legal é que tudo era feito meio aquele cenário maravilhoso mostrando que a escola da vida não tem paredes e não tem mestre, todos aprendem com todos.

Todo mundo é aluno e professor ao mesmo tempo.

A transformação não foi só em ter acesso à um vastíssimo networking (que eu talvez levasse mais alguns 5 anos para conseguir), não foi só no lado profissional e de projetos, não foi em conhecer e se conectar com um lugar incrível: foi sobre saber quem somos e o que queremos. Foi relembrar as pontes que já tivemos que queimar durante a vida e saber que poderemos ter outras pontes a queimar mais a diante.

Mentoria: Uma Hora de One-to-One

(ou one-to-two, pq no caso o samuka tbm tava haha)

Bicho, foi a hora mais bem gasta da minha vida!

Eu admito que vi o tempo passar como se fossem 4 ou 5 minutos. O Bellino e o Samuel tiraram uma trave que tinha na frente do meu olho e que me impediam de enxergar o maior projeto da minha vida que sempre esteve na minha frente e que eu não estava enxergando.

Eu ganhei alguns muitos anos em poucos minutos de conversa. Sério, muitos anos mesmo. Eu nunca sai tão entusiasmado de uma conversa, enlouquecido, me tremendo e enxergando todo o futuro!

Foi uma completa loucura total 100% master das galáxias.

Para tentar ser mais claro, utilizarei uma analogia que meu amigo Birão sempre faz:

Eu era um galão de 20 litros de coca-cola os caras chegaram e jogaram UM KILO DE MENTOS E OLHA NO QUE DEU!

Minha vontade de sair compartilhando e mostrando o meu novo projeto para os quatro cantos do mundo era enorme, mas aprendi que: “reputação não é feita pelo que você diz que vai fazer e sim pelo que você fez”. Então aguardem boas novas.

Resumindo o encontro em reflexões:

Como o próprio tópico demonstra, irei resumir o encontro em reflexões que fiz ao fim de cada dia:

Dia 01:

- Que tipo de experiência de fato está impactando na evolução do meu nível de consciência? Quais são as pessoas que estão envolvidas nesse meu processo evolutivo e que colaboram comigo?

Dia 02:

- Quem é você?

- Qual o seu sonho?

- Quando você irá transformar seus sonhos em metas?

Dia 03:

- Por que não?

- Por que não eu?

- Por que não agora?

Dia 04:

- Do que você tem fugido e que não te apresenta tanto risco quanto você imagina?

- Para alcançar alguns objetivos, precisamos queimar algumas pontes (ignorar algum alerta, ignorar alguém que acha que você deve desistir, persistir mesmo quando nada parece favorável). Que pontes você teve que queimar na sua trajetória?

- Qual é a ponte que falta você queimar para atingir o seu próximo objetivo?

Dia 05:

- Que tipo de relações, valores, afetos e tudo o que tiver mais direito, você está cultivando e partilhando com uma tribo, um grupo, uma comunidade?

Dia 06:

- Qual o próximo passo que você dará para fazer história?