Escola do futuro: Como deverá ser?

Às vezes brincamos de videntes e nos perguntamos “como será tal coisa no futuro?” deixando a imaginação solta para criar qualquer maluquice que deseje. Vamos ser sinceros(as), quem nunca se perguntou como o futuro seria?

Alguns artistas franceses entre os anos 1899 e 1910 brincaram com essa pergunta, criando desenhos como este abaixo que mostravam suas previsões para o futuro.

Uma coisa é certa, os artistas franceses do século XIX eram bem imaginativos e fugiam do esperado em suas obras.

A escola do futuro que eles imaginavam usava tecnologia para ‘inserir’ a informação direto na cabeça do aluno, o que é assustador na minha opinião. Tão assustador quanto isso é pensar que a escola que temos é a mesma desde o século XIX.

De acordo com o especialista Mozart Neves Ramos “O Brasil ainda tem uma escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”, o que revela uma necessidade latente da educação: temos que mudar o jeito de educar e fazer com que a escola do futuro aconteça.

Como é a escola do futuro?

O modelo de ensino que temos foi criado em uma época em que somente os educadores tinham acesso a informação, até mesmo frequentar escolas ou saber ler era algo reservado para poucos. Nem preciso dizer que agora o cenário mudou drasticamente.

O Brasil, por exemplo, vem diminuindo sua taxa de analfabetos todos os anos e – mesmo que não seja de maneira uniforme – tentando levar mais crianças e jovens para a escola. Além disso, temos a popularização da internet e o fácil acesso a informações através de poucos cliques.

Vivemos na cauda longa da informação (como citado no pagebook disponível nessa publicação) que democratiza o conhecimento e oferece a oportunidade de que todos sejam protagonistas de seu aprendizado. É isso que o aluno do século XXI deseja.

Muitos jovens reclamam que a escola é desinteressante ou desestimulante, que as matérias estudadas possuem pouca utilidade no dia a dia e que não sentem prazer ao estudar. Pensando nisso, a proposta de escola do futuro é simples: o aluno é protagonista de sua aprendizagem ao lado do professor.

Toda aprendizagem é significativa nesse modelo que busca estimular a vontade de aprender.

Como seria essa escola?

Para começar, os alunos não ficariam sentados em fileiras, enxergando somente as costas do colega e o quadro negro ao fundo como temos agora, a proposta é que os alunos fiquem organizados em rodas ou grupos facilitando os debates e discussões da matéria e possibilitando que todos se vejam.

O aluno precisa de espaço para experimentar, expor suas ideias e trabalhar com as habilidades que serão necessárias no seu futuro (as que usamos aqui no KLBlog para definir as categorias dos posts).

Os professores devem continuar ensinando, mas as escolas precisam ser espaços mais abertos e democráticos que deem segurança para que o aluno compartilhe suas opiniões e contribua de forma nutritiva com o processo de aprendizagem pelo qual está passando.

Afinal, qual o sentido de ensinar se não há espaço para expor o que aprendeu?

A escola do futuro deixa de ver a tecnologia como sua arqui-inimiga e passa a usa-la a seu favor. Se o lugar tem wi-fi, por que não dar a senha para que os alunos possam fazer pesquisas em sala de aula?

Ensinamos tanto para crianças e jovens, por que não podemos ensinar o uso consciente da tecnologia? A usar o Google para buscar conhecimento? Claro que para isso a ajuda dos pais também é necessária, mas essa não é uma tarefa impossível.

E os professores do futuro?

Educadores são profissionais admiráveis, viver levando conhecimento para jovens é o tipo de coisa que deveria ser aplaudida de pé. É claro que eles têm seu papel nessa “escola do futuro”.

No livro "As Crianças Mais Inteligentes do Mundo", a autora aponta que em países como Coréia do Sul e Polônia – que praticamente zeraram o número de analfabetos no país – os professore são mais valorizados, bem remunerados e estão em constante atualização.

Para a escola do futuro, o professor se torna líder e educador enquanto estimula a aprendizagem de seus alunos.

Existem alguns casos de escolas ao redor do mundo que estão tentando se atualizar e mudar a maneira de ensinar, algumas seguem o que disse neste artigo enquanto outras vão por caminhos diferentes, mas todas chegaram a mesma conclusão: não dá mais para ensinar no século XXI como ensinavam no século XIX.

Conhece alguma escola que está inovando na sua forma de ensinar? Compartilha conosco nos comentários. Vamos valorizar mais a educação e buscar novas formas de melhorar o ensino, uma matéria por vez 😊.