Já imaginou o quão louco seria ter acesso ao modelo mais novo de produtos sem pagar aquele valor absurdo por eles?
Life as a service é o termo para a tendência de que nossa vida estará funcionando como serviço e tendo propriedade apenas sobre o essencial, coisa que já vem acontecendo.
Somos educados a ter a crença de que para ter o benefício de algo é necessário ter propriedade sobre aquele bem material, mesmo que ele passe a maior parte do tempo jogado em uma caixa pegando poeira.
Se você quer estar bem preparado para enfrentar o futuro precisa conhecer pelo menos o básico disso, então vamos lá!
Life as a service: Quando benefícios superam propriedades.
O comediante Murilo Gun apresentou no TEDxFortaleza a a palestra Life as a Service que deixou muita gente surpresa.
Basicamente a tendência é que nós, consumidores, iremos passar mais a consumir os benefícios de produtos e menos a tê-los. Um pouco complicado? Calma que eu te explico melhor.
Se algum amigo ou parente te convida para ser seu padrinho ou madrinha de casamento, por exemplo, é normal que você queira estar bem vestido para a ocasião. Só que as roupas para esse tipo de festa são quase sempre caras e raramente usadas, então o que você faz? A resposta é óbvia, aluga o terno ou vestido que mais gostar e vai para a cerimônia.
Já estamos acostumados com essa ideia de alugar roupas ou sapatos para ocasiões pouco comuns, agora começamos a nos acostumar também em alugar objetos para situações comuns.
Estamos cada vez mais inclinados a adquirir objetos de baixo custo e alta utilização (como objetos de higiene e roupas casuais) ou objetos de alto custo que também tenham alta utilização (geladeiras e aparelhos eletrônicos). Os objetos de baixa utilização como DVDs ou casas de veraneio, estão extremamente propensos a migrar para o modelo de acesso.
Ou seja, você tem acesso mesmo se não comprar.
Serviços como a Netflix já mostram isso, através da assinatura mensal você tem acesso ilimitado a um enorme catálogo de filmes, seriados e documentários. Contudo, se deixa de pagar pela assinatura perde seu acesso e não tem mais os programas para assistir.
Logo, você pagou pelo benefício de entretenimento, não para ter o produto de entretenimento.

O mesmo acontece com serviços físicos. Acha que para andar de bicicleta é necessário ter a sua? Nada disso papai, em algumas cidades é possível alugar a bike para andar em avenidas ou parques públicos.

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a aprendizagem?

O que a esteira rolante, o cinto do batman e a cauda longa podem nos ensinar sobre a aprendizagem?

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ACESSAR DEGUSTAÇÃOComo vai ser se não houver mais “propriedade”?

Essa pergunta só pode ser respondida de forma definitiva com o tempo, mas já dá para brincar de vidente com o assunto.
Para exemplificar bem as previsões da bola de cristal vou usar o sofá como objeto.
Hoje em dia o valor pago por um sofá bonito e confortável é quase sempre parcelado em várias vezes e quando você termina de pagar pelo móvel já está de saco cheio dele. Se quiser trocar de modelo tem que ir escolher na loja, decidir o que fazer com o antigo e começa tudo de novo. É um processo bem chatinho.
Caso houvesse o serviço onde mensalmente você pagasse o valor x (menor do que a parcela pela compra do sofá, é claro) para ter em casa o sofá e de tempos e tempos pudesse mudar de modelo apenas escolhendo um novo e enviando o antigo para a empresa, as coisas seriam bem mais fáceis.
Famílias de baixa renda poderiam ter acesso aos bens e serviços pagando um valor menor pelo sofá que você devolveu e o ciclo de vida útil dos produtos seria aumentado.
Ainda usando o sofá como exemplo pode-se prever pelo menos três setores que serão impactados: ambiental, jurídico e econômico.
O impacto ambiental seria causado pela reciclagem constante do produto que ao ser devolvido para a empresa especializada poderia descartá-lo da forma correta ou usá-lo para fazer um novo reciclando as partes boas.
O impacto jurídico seria o fim do famoso calote que várias empresas levam quando um consumidor deixa de pagar as parcelas que deve.
E o impacto econômico se baseia no fortalecimento contínuo da relação de compra, já que ao invés de comprar o produto uma vez você estaria constantemente trocando-o para garantir o que trará melhor benefício.
Pessoalmente, eu colocaria ainda um quarto setor porque ninguém merece ver sofá sendo descartado na rua ou boiando em rios (quem mora em cidades muito populosas sabe o que estou dizendo).
O conceito de propriedade vem perdendo o sentido toda vez que algum novo serviço de assinatura é lançado e oferece o benefício de maneira acessível. Então reflita, será que o seu produto pode ter um modelo de negócio baseado em acesso como os que exemplifiquei nesse texto?
Se sim, é melhor pensar em investir nisso para sair na frente dos concorrentes. Se não, é melhor pensar no diferencial que vai te destacar futuramente porque cada vez mais estaremos vivendo a base de serviços por benefícios e menos por posse.
Oi sou a Natália, uma futura publicitária metida a escritora viciada em sorvete de flocos e aleatoriedades. Escrevo para o blog da Keep e algumas histórias de ficção sobre as quais nunca irei falar hahaha. Espero que goste do conteúdo e acompanhe o blog.