Você já passou pela experiência de tentar fazer uma crítica construtiva e acabar criando uma discussão, a ponto de se arrepender de ter feito o comentário? Por mais que tenhamos as melhores intenções, é extremamente comum que a crítica acabe gerando mais brigas e discussões do que resultados positivos. Mas por quê?
A palavra “crítica” vem do grego “kritike”, que significa algo como “separar e julgar”. E, se pensarmos, toda crítica carrega em si um julgamento: julgamos que o café está ruim e poderia estar melhor, que as notas da escola estão ruins e que poderiam ser melhores e por aí vai. Em outras palavras, criticar é julgar.
Para o Aurélio Online e o Dicionário Online de Português, julgar é, dentre outras coisas: “decidir como juiz, árbitro, etc.; formar juízo acerca de; imaginar; conjecturar; adivinhar; crer, supor; sentenciar”. E a triste realidade é que fazemos isso todos os dias com as pessoas ao nosso redor.

Criticamos as notas de nossos filhos porque supomos que eles não estão se esforçando o suficiente e os sentenciamos a frases, castigos e punições. Criticamos nosso patrão porque imaginamos que ele não quer nos pagar mais ou nosso empregado porque julgamos que ele não quer crescer na empresa. E por aí vai...
A verdade é que, muitas vezes, a crítica – mãe de (quase) todos os conflitos – não se baseia em mais do que suposições e conjecturas. Baseados em achismos, julgamos e sentenciamos desde um café até nosso cônjuge e como isso é perigoso!
“Ah, ok, isso tudo bem. Mas tem coisas que EU SEI. São FATOS.”
Mesmo quando baseada em “fatos”, a crítica nunca deixa de ser um julgamento (lembre-se: está na raiz da palavra!). Basta pensar que os “fatos” serão sempre uma versão da história, um ponto de vista da situação e, como todo ponto de vista, uma construção subjetiva, recheada de preconceitos, pré-conceitos e, claro, julgamento.

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a aprendizagem?

O que a esteira rolante, o cinto do batman e a cauda longa podem nos ensinar sobre a aprendizagem?

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ACESSAR DEGUSTAÇÃOE como precisamos falar disso...
Shizard Chamine é um professor de Stanford, que escreveu o Best-Seller “Inteligência Positiva”. Na sua obra, ele identificou e nomeou 10 sabotadores que todos temos em maior ou menor grau.
Para ele, contudo, o principal desses sabotadores é o que ele chamou de “Crítico”. Que surpresa, né? Em seu livro, ele comenta que “o crítico é o principal Sabotador, o que afeta todos nós em algum nível. O Crítico sempre se junta a pelo menos um ou dois Sabotadores ‘cúmplices’ para executar sua sabotagem.”
O livro é, claro, escrito
originariamente em inglês e “Crítico” é o nome traduzido do sabotador. E
adivinha o nome em inglês? Bem... Shirzad chama nosso principal sabotador de
“Judge” (“juiz” em inglês) e está aí a sua ilustração. Faz muito sentido, não?

Não sei você, mas a chega a dar medo desse cara. E cada um de nós tem um desse vivendo na gente (já pensou nisso?!). Ele fala coisas como: “faz isso direito, menino”; “você faz sempre tudo errado!”; “você nunca faz nada do que eu falo!”; “não fez mais do que sua obrigação.”; “você esquece tudo, seu cabeça de vento!” e a lista continua...
Quer uma dica, então, para melhorar sua inteligência interpessoal? Tudo começa controlando esse cara aí de cima. Ele adora apitar, julgar e, claro, criticar.
Mas a boa notícia é que temos uma alternativa à crítica. Na verdade, nem tanto uma “alternativa”, mas, sim, uma saída e evolução: o feedback. Mas isso é assunto para outro texto...
Por ora, vamos pensar que todos aqueles ingredientes — apitar, julgar e criticar — podem e devem ser substituídos por outros, como empatia, compreensão e feedbacks apropriados. Que tal? Não é tarefa das mais fáceis, mas certamente vale muito a pena!
Advogado, coach, estudante de Psicologia e professor de Inteligência Social. Mais que tudo, aprendedor e empreendedor. Sou apaixonado por pessoas e por isso criei o Conectatividade – Curso de Inteligência Social. Minha missão é ajudar gente a com-viver com gente.